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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

. os amigos (a) ;S

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. a amizade é um sentimento mais nobre do que o amor. eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências. a alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. e às vezes, quando os procuro, noto que eles não têm noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí. e me envergonho, porque essa minha prece é em síntese, dirigida ao meu bem estar. ela é, talvez, fruto do meu egoísmo. por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer. se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que não desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

Um dia a maioria de nós irá se separar. sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos q tivemos, dos tantos risos e momentos q compartilhamos. saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido. sempre pensei q as amizades continuassem para sempre. hoje ñ tenho mais tanta certeza disso. em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados. podemos nos telefonar conversar algumas bobagens. aí os dias, os meses, os anos vão passar, até este contato tornar-se cada vez mais raro.vamos nos perder no tempo. um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: quem são aquelas pessoas ? diremos: eram nossos amigos. e isso vai doer tanto ! foram meus amigos, e foi com eles que vivi os melhores anos da minha vida.


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